Olá!!!
Bom saber que todos estão interessados na leitura de Clarice Lispector. Este primeiro conto sobre o qual conversamos pode parecer muito superficial, mas é um retrato de como a mulher era vista na década de 60 (e, infelizmente, em alguns lugares até hoje).
Sendo assim, argumente em até 80 palavras uma semelhança da mulher com a galinha proposta por Clarice. Retire do conto um trecho que justifique a sua resposta.
Bom trabalho a todos!
25 comentários:
Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre. A mulher como a galinha, ela gera uma vida,antigamente não se importavam com isso a mulher era tratada como uma objeto que quando não tem mais a capacidade de "GERAR VIDA" é jogada "fora"
''É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista''.Aqui talvez Clarice tentou passar que naquela época as mulheres não tinham talvez um grande valor que mereciam e elas por sempre serem reprimidas acabavam perdendo a fé em si mesmas!
A mulher nao tinha muita
importância na sociedade, a não ser quando ela estava gravida,ainda mais se fosse filho homem,era ai que a sociedade passava a dar mais importância ha ela.Mas ainda bem que essa exclusao social da mulher teve fim, por que ela e um papel fundamental na sociedade.Foi assim que aconteceu com a galinha, ela nao tinha muita importância, quando ficou gravida todos a rodiarão,passou a ser o centro das atemções.
"Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem
parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca,
nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha".
Oi pessoal,
Passei por aqui pra dizer que a participação tá legal, mas o português tá deixando um pouquinho a desejar. Vamos revisar os comentários e re-escrevê-los de acordo com a norma padrão. Letras maiúsculas onde deve haver, acentos, aspas... Quem corrigir seus erros eu apago o anterior, ok?
Bom trabalho!
"Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha."
Na década de 60, a mulher não tinha poder de escolha em nada na sua vida, nem o marido podia escolher, limitando-se a ser escolhida e as suas obrigações eram venerar o marido, ter filhos, educar e criar, cuidar da casa e manter-se submissa ao seu marido.
A mulher da década de 60 era vista simplesmente como um “ser’’reprodutor, porque na verdade, eram tratadas como um bicho. não tinham sequer falar, não podiam votar e não tinham direitos. como no trecho do poema diz:
É verdade, que não poderia contar com ela para nada. nem ela própria contava consigo.
A mulher, era tratada com tanto desprezo, que no caso se não pudesse dar um filho, teria no mesmo instante, outra igual, como se fosse ela mesma, afinal a mulher dessa época só era vista como um ser, e de valor, quando, e se quando poderia gerar filhos, que é de acordo com o machismo que reinava nessa época.
Naquela época as mulheres não tinham valor a não ser reproduzir e nesse trecho " Estúpida,tímida e livre.Não vitoriosa como seria um galo em fuga.Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. é verdade que não se poderia contar com ela pra nada.Nem ela própria contava consigo,como o galo crê na sua crista ." Vejo que a Clarice quis mostra como a mulher era tratada na década de 60 ,foi um modo de poder mostra sua forma de pensar sobre o machismo que vinha acontecendo .
"Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela pra nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma". A autora retrata uma simples mulher da década de 60, uma mulher sem valor perante a sociedade, que a própria o desconhecia, e deixava passar pois sabia que assim como ela tantas outras eram assim, e que quando ela ja não estivesse mais ali, outra nasceria sem valor, sem querer, sem ideais.
"Esquentando seu filho, esta não era nem suave, nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha."
Nesse trecho retrata-se da realidade vivida pela mulher na década de 60, pois ser mãe era sua única "utilidade" , e se por algum motivo não pudesse gerar vidas, era vista como alguém inútil, sem utilidade, e mesmo sendo mãe não fazia mais do que sua obrigação.
A mulher naquela época tinha necessidade de gritar, de tentar mudar isso. Mas, mesmo nesses instantes, ela era mulher, tinha cabeça de mulher, já havia crescido sabendo que deveria viver daquela forma. Ela reconhecia sua inutilidade e se conformava.
"Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho - era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos."
Mônica Araújo
Naquela época a mulher só tinha Valor se tivesse a capacidade de reproduzir.Fora isso ela não valia de nada."De pura afobação a galinha pôs um ovo.Surpreendida,exausta.Talvez fosse prematuro. mais logo depoisnascida que fora para maternidade, parecia uma velha mãe habituada". "Todos correram de novo á cozinha e rodearam a jovem parturiente".
Naquela época a mulher não era valorizada tando como é nos tempos de hoje. Principalmente se ela fosse incapaz de ter filhos, era simplesmente considerada como uma inútil. Ela não tinha voz de autoridade com nada. ela só servia pra ser mãe e cuidar da casa.
"E então parecia tão livre.
Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se pode ria contar com ela para nada. Nem ela própria contava con sigo, como o galo crê na sua crista."
"Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço."
naquela época a mulher não era vista com autoridade e quando uma mulher conseguia chegar longe na vida por conta própria era visto como uma coisa surpreendente!
Parabéns a todos pelo trabalho, comentários bem argumentados e relevantes. Gostaria de destacar os alunos Gabrielly, Juan, Matheus e Monica por seu excelente trabalho e desempenho. Parabéns!!!
"É verdade que não se poderia contar com ela para nada.Nem ela própria contava consigo,como o galo crê na sua crista.Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma."
Nesse trecho Clarisse mostra que a mulher da década de 60 não servia para nada,e além de todos pensarem assim a mulher não cria em seu próprio valor e para a sociedade mesmo que a tal morresse outra iria nascer sem valor algum.
"Esquentando seu filho, esta não era nem suave, nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha."
Neste trecho podemos notar a realidade da mulher que viveu na década de 60, sem valor perante a sociedade a mulher vivia para cuidar de seus filhos e de seu marido. Sem ao menos poder lutar por seus direitos, elas apenas faziam o que lhe eram permitido, ou melhor imposto pela sociedade machista. Se fazendo assim, objetos sem poder de escolha, sem vontade própria. Todas as mulheres dessa época já sabiam o deveriam fazer ou esperar da vida. Até mesmo antes de alcançar a idade adulta, suas únicas certezas eram casar e ter filhos, não deveriam esperar mas que isso. Mesmo que não fossem felizes ou satisfeitas com essa vida era o que elas poderiam esperar.Sem poder ao menos sonhar elas viviam acomodada a sua realidade.
"Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça."
A galinha em sua tentativa de fuga nos remete a mulher em décadas passadas que sempre estava na tentativa de ser independente, mas por medo, insegurança não enfrentava a sociedade em que vivia.
"..A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça."
No meu ponto de vista neste trecho Clarice quis nos mostrar que a mulher naquela época tinha um desejo imenso de ser livre, tomar suas próprias decisões. A mulher só era reconhecida quando tinha algo a oferecer como filhos, a edificação da casa e para a conveniência do homem.
“Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem!”,nesse trecho Clarice escreve que na década de 60 a mulher era pouco valorizada ,a não ser que gerasem filhos e pudessem cuidar deles a da casa
José Filipe N:22
" foi pois uma surpresa quandoa viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e , em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço."
Nesse trecho a surpresa de verem a galinha tentando fugir assemelha-se a surpresa que tinha na década de 80, quando uma mulher tentava conquistar sua "independência", quando a mulher brigava pelos seus direitos.
Fernanda e Carolina, parabéns pelos comentários!!! Muito bons!
Gunter, a década é a de 60, não de 80...
O Conto Uma Galinha é sem dúvida o que mais demonstra o quanto as pessoas eram machistas.Para mostrar isso a autora compara a mulher com uma galinha, que de certa forma acabou sendo um símbolo da feminilidade,pois a galinha possuia a capacidade de gerar uma vida. Sendo assim, podemos perceber o porquê dessa comparação, pois a mulher só seria bem vista pelos outros se pudesse gerar filhos.
"Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial."
“Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela pra nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma”. Nesse trecho a Clarice fala que a mulher daquela época era muito mal tratada, praticamente não tinha utilidade nenhuma apesar de uma mulher ser muito importante e isso já vem de muito antes vamos dizer de “útero” que a mulher não tenta nem reagi contra tudo isso .
Breno Felipe nº08
"Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha."
Percebe-se neste trecho ,a mulher oprimida da década de 60 que não podia se manifestar , e por se sentir preza acabava por se tornar mulheres oprimidas, sem escolhas e propostas de vida , que não conseguia levantar-se para luta , e por assim se encontrar , vivi acoada e longe de si e dos outros.
Álef Bragança
N:01
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