ATENÇÃO! ESTE EXERCÍCIO TEM NOVA DATA PARA TERMINAR.
Olá!
Certamente a leitura de "A terceira margem do rio" não foi das mais fáceis para nós. O conto de Guimarães Rosa é denso, complexo, um belo exemplo do fluxo de consciência sobre o qual falamos em sala. No entanto, após nosso debate, fica claro que o autor não quer confundir o leitor; ao contrário, ele quer colocar uma luz no que ainda não havia sido dito, trazer o inconsciente à tona!
Tarefa difícil. Porém, não impossível. Como um dos principais representantes da terceira fase do Modernismo no Brasil, Guimarães Rosa decidiu romper com a barreira da literatura tradicional até então, misturando elementos de poesia na prosa, retratando o homem do campo - enquanto Clarice fez o mesmo com o homem urbano. O estilo dos dois autores em muito se assemelha, principalmente no caráter investigativo do inconsciente de seus personagens. Sendo assim, chegamos ao ponto importante do nosso trabalho.
Após ler "A terceira margem do rio" , identifique partes do conto em que o narrador demonstre fazer uso do recurso do fluxo de consciência e explique por quê. Utilize aspas (" ") para isolar o trecho que você pretende explicar, começando seu comentário por ele. Depois, em um novo parágrafo, mostre como o narrador pode ter usado tal recurso e por quê. Desta vez não há um número máximo de palavras, por isso seja preciso e atento à linguagem utilizada.
Abraços!
P.S.: Nova data para terminar o trabalho, dia 01 de julho!
Um projeto da turma 3005 do CIEP 3.2.1 Dr. Ulysses Guimarães, em Curicica, Jpa, visando debater literatura e arte de uma maneira mais interativa.
Como começar?
Este blog tem por objetivo que você, aluno(a) da turma 3005, tenha um contato mais próximo com textos literários, a fim de introduzir um debate online sobre o assunto. Assim teremos mais um espaço para discussão e conhecimento. Espero que todos façam bom uso da ferramenta! Giselle
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18 comentários:
Pessoal, passei por aqui para pedir um cuidado especial com a língua! Bianca, por favor, revise seu comentário porque eu encontrei algumas inadequações de linguagem e acho que você pdoeria corrigi-las antes, ok?
Abraços!
"Era sério.Encomendou a canoa especial,de pau de vinhático,pequena,mal com a tabuinha da popa como para caber justo o remador" . Essa passagem mostra que o pai vai embora por algum motivo. Ai a família teria que se acostumar com a vida sem ele
e ele com a vida na canoa que não será nada fácil.
Ele usou esse recurso para mostrar como seria feita a ida dele ao rio
"Sendo que, se ele não se lembrava mais, nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o rio, para outras paragens, longe, no não-encontrável?"
Como seu pai foi para o rio e não voltou mais,o menino,por um momento,duvidou do afeto que ele tinha pela família. Com isso,neste trecho, utilizando o fluxo de consciência, o narrador questiona o por quê,então,do pai não ter ido realmente embora,o por quê dele ter continuado por perto,mesmo que no rio,já que aparentemente nada o segurava mais lá.
Muito bom, Monica!!!! Você pegou o "espírito da coisa"!
Bianca, acho que você deve dar uma olhada no seu exemplo. Não vejo uma ocorrência do fluxo de consciência acontecendo aí. Parece mais uma análise do trecho.
Continuem o bom trabalho!
“Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos.”
Nesse trecho é usado o fluxo de consciência,porquê é o momento em que ele indaga seus pensamento ao ter que fazer o pedido ao seu pai.
“E eu não podia... Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado.“
Nesse trecho, o fluxo de consciência é que ele teve medo de ficar na canoa no lugar de seu pai, ele fez um sinal chamando o seu pai e disse que iria ficar no seu lugar, mas quando ele viu que o seu pai aceitou sua proposta, ele foi embora com medo de ficar no lugar dele.
“Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me louvavam , por causa de algum meu bom procedimento, eu falava: - “Foi pai que um dia me ensinou a fazer assim ...”; o que não era o certo, exato, mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais, nem queria saber da gente, porque, então, não subia ou descia o rio, para outras paragens, longe, no não-encontrável? Só ele soubesse.”
Nesse trecho o filho se pergunta porque o pai não vai embora já que ele não voltou a tanto tempo; e que nada mais fazia ele voltar. O narrador demonstra isso usando o fluxo da consciência.
"Eu fiquei aqui, de resto. Eu nunca podia querer me casar.Eu permaneci, com as bagagens da vida."
Com a perda da mãe, e seus irmãos terem mudado para longe, restando apenas ele, teve o fluxo de consciência ao perceber que, a ida de seu pai para o rio ficaria como uma "responsabilidade", deixando os sabores da vida para atrás e envelhecendo, se preocupando apenas com o pai.
"A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade." Ele usou o fluxo de consciência quando diz que aqui agente teve de se acostumar, sendo que na verdade ele nunca se acostumou, apenas teve que aceitar a situação.
"Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa?"
Nesse trecho o narrador utiliza o fluxo de consciência quando fala de suas palavras tristes e de sua culpa.E ele mesmo não sabia o porquê se sentia tão culpado.
Alguns comentários antes de fecharmos, em tempo de alguns ainda corrigir uns detalhes.
Juliana, você escolheu um trecho ótimo para analisar, mas sua análise não explica bem o fluxo de consciência. Poderia melhorar.
Lorraine, você também escolheu um trecho muito bom, mas fez uma análise superficial. Dê uma olhada e revise!
Breno, o trecho está muito grande, você poderia escolher um melhor e analisar o que atormenta o narrador.
Carol, parabéns pelo comentário!!! Você também pegou o "espírito da coisa"!
Gabrielly, aprofunde sua análise para ficar melhor!
Fernanda, parabéns também! Falou pouco, mas disse tudo!
Continuem analisando!!! O prazo se encerra domingo!
" Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação."
Neste trecho do texto vê-se claramente o fluxo de consciência;quando que uma pessoa em sua consciência iria viajar, sem nada declarar , sem se quer levar consigo uma mala ou bolsa para viajem ? E é preciso frisar que aqui se trata de sua família .
"Eu mesmo tinha achaques,ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele?Por quê? Devia de padecer demais."
Ele imaginava que se ele mesmo,já estava envelhecendo e sofrendo pelo passar dos anos, como estaria seu pai, em uma canoa, com idade mais avançada que ele, e ainda, que motivo tão sério o levaria a querer padecer daquele jeito.
"Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos."
neste trecho ele utilizou o fluxo de consciência ao perceber que as coisas mudavam devagar, enquanto o tempo passava depressa.
Matheus D' Almeida Nº30
"Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado."
O narrador acaba adoecendo por causa da culpa que ele sentia, pois não teve coragem de trocar de lugar com seu pai e de certa forma, castiga-se por ter falhado com o mesmo.
"Sou homen de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta culpa, tanta culpa? Se o meu pai sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio, - pondo perpétuo. Eu sofria já o começo da velhice - esta vida era só o demoramento."
O fluxo de consciência que ele faz aqui é de se sentir triste e culpado pelo o pai, e que já estava envelhecendo e com problemas.
"...E ele? Por quê?devia de padecer demais. De tão idoso não ai, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa embarcasse, ou que bubuiasse sem pulso, nalevada do rio, para se despenhar horas abaixo, em torno e no tombo da cachoeira, brava com o fervimento e morte. apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranquilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto no meu foro. Soubesse - se as coisas fossem outras. E fui tomando idéia.
Já aqui ele tem pena por seu pai ser muito mais velho que ele e tinha medo que ele (o pai) maorresse ali na canoa. E se culpava de uma coisa que ele nem sabia.
postado por: Thamara Cristina Nº38
"Ele me escutou. Ficou de pé. Manejou remo n'água, proava para cá, concordando. E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto - o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! Eu não podia... Por favor, arrepiados os cabelos, corri,fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado."
Esse trecho me tocou muito pois o fato do filho ter coragem e não ter coragem ao mesmo tempo de trocar de lugar com o pai. Por mais que o filho tenha coragem de trocar de lugar com o pai a sua inconsciência estava começando a agir com a sua consciência e ele não estava preparado para trocar de lugar com o pai.
Portanto esse trecho é um fluxo de consciência porque ele verbaliza o que não sabia e sim o que sente.
Angelica Nº:04 turma:3005
Meninos e menin@s,
Como já conversamos exaustivamente em sala, Guimarães Rosa usa a personagem do filho para ddemonstrar o que estudamos, o fluxo de consciência, ou seja, verbalizar o que acreditava-se não saber.
A maioria dos exemplos está correta, mas nem todas as explicações foram justificadas. Sendo assim, gostaria de que todos revissem os comentários das alunas Carolina, Fernanda, Franciele, Mônica e Thamara, já que todas conseguiram explicar bem o que de fato entende-se pelo fenômeno.
E não se esqueçam do exercício sobre Clarice Lispector! Ele se encerra dia 10 de julho.
Abraços!
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